São as coisas que estão a nossa volta

São as coisas que estão a nossa volta

segunda-feira, 3 de março de 2025

Diário

Nessa manhã acordei me sentindo mal, outra crise de ansiedade me impediu de fazer aquilo que era preciso, por mim mesmo, como não podia ficar com o sentimento de fracasso me atormentando por mais um dia, decidi ir ao hospital, pelo menos para amenizar a angústia. Me sentindo um pouco melhor, depois que voltei do hospital, até fiquei disposto a fazer alguma coisa para melhorar meu astral. Mas foi momentâneo, foi a fase de euforia que me atingiu. Encontrei uns conhecidos aqui do bairro e eles vieram falar sobre trabalho, sobre o meu trabalho, e é uma coisa que tenho evitado falar, por conta das coisas que estão acontecendo, ainda mais com quem tenho pouca ou nenhuma intimidade. Durante a noite até cheguei a planejar sair no dia seguinte, não foi uma boa ideia pelo momento que estou vivendo, meu humor oscilou de novo, mas a ideia era ver pessoas, a real é que eu não sei se eu realmente queria, ou se era somente uma fase da minha crise. A questão é que dessa forma eu encerrei o meu dia, sabendo que ainda tenho problemas que eu preciso resolver. Mas preciso ficar bem.

domingo, 2 de março de 2025

Diário

Pela manhã estava com crise de ansiedade, angústia somado a dor no estômago e taquicardia, estava me consumindo, passei o dia pensando sobre como seria a segunda feira na trabalho, eu sei que vai haver consequências pela semana que passou, não importa não posso voltar no tempo, o jeito é assumir os momentos que escolhi, mesmo que não tenha sido escolhas inteligentes, opções irracionais e tenho que viver com isso. Estando eu na segurança da minha casa, me senti horrível pois em alguns momentos, não estava me sentindo à vontade, na minha própria casa, fazia tempo que eu não tinha esse tipo de sentimento no lugar que eu deveria me sentir bem. Hoje, um domingo de carnaval e eu totalmente largado no sofá, enquanto meus amigos estão em algum lugar se divertindo.

De tarde coloquei um filme para me distrair, no primeiro que coloquei, não cheguei na metade, logo tirei, depois encontrei um que prendesse minha atenção, ajudou. Fui no quintal e peguei algumas acerolas do pé, isso também ajudou. Já a noite assisti um desenho com meu sobrinho e dessa forma passou um domingo de carnaval em meio a tantas angústias, mas sobrevivi. 

sábado, 1 de março de 2025

Diário

Hoje, um sábado de carnaval sinto meu corpo péssimo, um sentimento de frustração o motivo é que ontem após sair da terapia, fui ao bar, isso pelo fato de não estar me sentindo bem pela semana que passou, isto é, repeti todo o círculo vicioso que eu venho repetindo,  eu sei que a bebida é nociva para mim estando nesse estado de vulnerável psicologicamente. Bebi, usei substância, me senti horrível com toda a minha paranoia, isso enquanto estava em uso, outros sentimentos também foram aflorados e é esse o motivo para eu estar me sentindo assim hoje, era para eu ir para o trabalho, mas como eu conseguiria ir, se passei a semana toda tendo crises, era previsível que isso aconteceria hoje. 

Uma multidão lá fora se divertindo com o carnaval e eu de amarrando um bode no meu sofá,  sofrendo em silêncio. O que amenizou a situação é a presença dos sobrinhos, companhia especiais que tem me alegrado por esses tempos,  eles nem fazem ideia o quão bem eles fazem pra mim. Na noite anterior, fui inconveniente de todas as formas, com quem feri, com quem me feriu um dia, fui aleatório perdendo o senso do ridículo, mas consegui me conter e não causar um estrago ainda maior. Essas foram as sensações que permearam o meu sábado. 

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Diário.

Após um período de hiato, retomo nessas linhas, um pouco da minha visão e todos os meus desconfortos que ainda não aprendi a lidar. Tenho nos meus relatos, confissão de erros, omissão, coisas de me incomodam e me faz se sentir mal, pois diversas vezes me omiti daquilo que sempre defendi, não é desculpa, é um fato, talvez consiga me sentir melhor comigo, se eu aqui, conseguir externalizar esses que também são meus fantasmas.

Tenho tentado fazer terapia, já iniciei e parei outras, por toda uma carga de ansiedade e por puro imediatismo, talvez por me decepcionar ou me frustrar, com aquilo que eu vislumbrava sobre a terapia, romantizei desnudar as camadas do inconscienteou por capricho, querer as coisas de forma imediata, mas com os assuntos da alma, da consciência, não são simples o entendimento destas questões. Compreendo que é um processo, que só vou de fato sentir os efeitos, depois que cavar fundo, bem fundo. Parece que toda a merda que me causa incômodo é algo que está muito bem sepultado no meu inconsciente, mas que me causa incômodo, dor, que afetam as minhas decisões racionais, estou tentando colocar nessas linhas aquilo que tem me assombrado, e que eu venho tentado compreender.  Hoje, 28/02/25, estou em conflito comigo mesmo para entender o meu “Eu” doente, minha mente fragmentada, uma alma adoecida, que fez e ainda anda fazendo mau para as pessoas ao meu redor. Hoje estão sendo espectadores dos meus velhos erros, os mesmo que me trouxeram aqui. Espero que isso me ajude a ser menos cuzão do modo como tenho sido esse tempo todo.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Ainda que tarde é liberdade


O ativista Cesare
Battisti, hoje com 56 anos, foi condenado à prisão perpétua pela Justiça italiana por ter participado de ações que culminou em quatro mortes (polícia-política), entre 1977 e 1979, quando era integrante do grupo de extrema-esquerda, Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).
Em 1981, fora considerado terrorista, isto se deu por sua participação como ativista político, posteriormente passou a ser perseguido pela Justiça italiana, Battisti escapou da prisão, fugindo primeiramente para a França, depois para o México e, por fim, de volta à França. Em 2007, foragido no Brasil, Battisti foi preso em um quarto de hotel no Rio de Janeiro, em uma operação totalmente irregular e contestadora que contou com a participação da Interpol, e das polícias da Itália e da França, em conjunto com a Polícia Federal brasileira.
Nesta quarta-feira o plenário do STF julgou um pedido de soltura da defesa do italiano, que alegava que o fato de Lula ter vetado a extradição, em 31 de dezembro de 2010, eliminava a necessidade de se manter Battisti sob custódia, tendo em vista que os seus direitos estavam sendo totalmente violados. Analisando o caso, Cesare não pode ser considerado criminoso em decorrência de seus atos pela liberdade como ativista. Nesta quarta, a maioria dos ministros do Supremo avaliou que a decisão de Lula foi um “ato de soberania nacional” que não poderia ser revisto pela corte.
O Supremo também analisou uma reclamação feita pelo governo italiano, que argumentava, por sua vez, que o veto de Lula feriria o tratado de extradição entre Brasil e Itália. Mas o STF disse que não cabia a Roma questionar o ato de soberania do Poder Executivo brasileiro. Em decisão prévia e covarde, em 2009, o Supremo havia votado favoravelmente à extradição de Battisti por pressão dos EUA, mas dera ao presidente da República a palavra final sobre o caso. Na votação desta quarta-feira, a novidade ficou por conta do ministro Luiz Fux, nomeado para o STF em fevereiro deste ano que votou favoravelmente à libertação justa do italiano, que jamais deveria ter sido encarcerado por defender um ideal de liberdade.
 

terça-feira, 10 de maio de 2011

Homeopatia

    
Imaginem vocês, escorregando num tubo de imagem em espiral, totalmente colorida como se você tivesse acendido a luzes multicoloridas do seu globo ocular, ao som da trilha sonora de sua vida. Você acha que é ficção Mística? Talvez espiritual audível. O que aparece é uma visão clara do mundo egoísta e totalmente conturbado, este se apresentando como uma suposta realidade, pareço estar louco, e também sem vida para saber a definição do que é vida inteligível já que nada é de uma vez, tudo é aos poucos, a felicidade, o amor, a amizade, seus direitos, a vida e a morte é aos poucos. Tudo confuso. Para você, srº egocêntrico sobra à vida artificial, tudo é bom, perfeito, só meu. Você se coloca na merda do exagero individualista, ausente dos questionamento do ireal. Você gosta disso? Não, você não gosta disso pois sabe que mesmo rodeado de seres de plástico sem vida, de víboras, esta só, ao lado de abutres, manipuladores institucionalistas, prontos à espera de sua imagem perecer. Os melhores. Os melhores estão ao meu lado, pois conhecemos as peripécias da vida. Somos lúcidos não tememos os abutres ou sovinas. Nós somos temidos por nossos questionamentos revoltosos por amor a vida, por viver a vida toda comprimido. O inaceitável é aceitar o ópio.

Ao Natural Assim Como Deve Ser.



   Houve uma época em que um rei havia aprisionado em sua gaiola um pássaro muito bonito e raro por sua beleza inigualável. Ele tinha penas coloridas e um canto de encantar qualquer pessoa e de fazer inveja em muitos Tenores. Este pássaro era muito cortejado por ser uma ave rara e com características incomum. O Rei gostava muito do pássaro e dava de tudo para ele, as melhores comidas, água sempre fresca e muitas frutas, ele tinha um cuidado especial na acomodação doouv pássaro ao ponto de deste viver em uma gaiola toda dourada. Certo dia o rei com seu encantamento ao observar a beleza do pássaro, ofereceu a ele o que ele quisesse, e o que o pássaro mais queria era ganhar a liberdade e voar livremente, e esse pedido ele fez ao rei, mas o rei não concordou com o pedido, e ele disse ao pássaro. 

- Ora meu pássaro, esse pedido eu não posso conceder, pois como vou ficar sem ter sua beleza que muito agrada meus olhos? E como vou ficar sem ouvir o seu canto todas as manhãs?  No meu castelo você tem tudo! Então o rei pediu para que o pássaro pensasse em outra coisa. Certo dia o Rei avisou que estaria de viajem, ele iria visitar um vilarejo próximo de onde ele havia capturado o pássaro, então o pássaro disse ao rei.

- Olha meu rei não quero nada material, gostaria apenas de um favor, gostaria que o senhor leva-se um recado aos meus conterrâneos, já que passará próximo de minha antiga morada. O Rei respondeu ao pássaro.
- Pode dizer o que queres que eu o farei.
- Gostaria que você levasse um recado ao meu irmão, que é uma ave muito sábia e compreensiva, diga que estou preso em seu castelo sem minha liberdade, porem estou sendo tratado muito bem, e que eu precisava de um conselho. Assim o Rei o fez, e quando falou aos pássaros o recado, o pássaro que estava na parte mais alta da árvore caiu duro aos seus pés, deixando o rei sem entender. Quando retornou, o rei foi perguntado pelo pássaro se ele trouxera algum recado de seu irmão. O rei explicou ao pássaro o acontecido e quando terminou de contar, seu pássaro também caiu duro dentro de sua gaiola deixando o rei muito triste. O rei em um gesto tristeza e respeito pôs o pássaro na sacada do castelo e afastou sem tirar seu olhar de cima do pássaro, contemplando com tristeza o colorido melancólico daquela cena. E foi quando percebeu que o pássaro começou a se mexer e rapidamente vôou para uma árvore próximo a janela do rei e falou.
- Muito obrigado meu Rei, o pássaro que havia caido ao seus pés é o meu sábio irmão, e graças a ele eu consegui minha liberdade. O rei ficou olhando o pássaro com um brilho nos olhos e logo o pássaro vôou e sumiu no horizonte pois tinha acabado de conquistar a liberdade.