São as coisas que estão a nossa volta

São as coisas que estão a nossa volta

domingo, 4 de abril de 2010

Street Life

Como posso eu falar de um mundo belo e fantasioso, sendo que tal mundo não condiz com minha realidade, ou melhor com o mundo novo que ao acaso se apresentou diante de mim. Estaria eu sendo totalmente contraditório com a realidade posta diante de nossos olhos, olhos de desespero de dor e solidão multicoloridas, mas não tão amarga, e não tão doce nem tão puro. Seria uma pureza rude, suja e agressiva, como o mundo que aprendi a sobreviver com as armas que conquiste ao meu modo anti-decente.

Será que somos nós o errado por pensar e agir assim? Basta olhar-mos para lugares não muito longe, e nem tão perto, pois só quem vive e sobrevive em alguns Capãos Redondo, é que conhece a realidade que condiz no Capão, onde todos vivem praticamente enquadrado, e a contradição de um lugar no imaginário, Paraisópolis que nos leva a pensar como deveria ser de fato tal lugar, um paraíso, mas o paraíso de Paraisópolis nada tem a ver com o Paraíso da Mariana Paulistana, nem por isso menos paulista. Não sou um insensível, sou realista vivendo no mundo real para não morrer de decepção com a realidade, pois oque essa suposta realidade tem a oferecer tanto pra um quanto pra outro? Eu respondo; sexo luxuria e violência, somente isso é que todos tem de comum-real. Porque isso, esses gestos agressivos é o instinto mais natural que herdamos de nossas origens, isso é o ser humano. Basta andarmos pelas ruas sombrias da metrópole e observar a nossa volta, todos aqueles seres a procura de diversão, sendo que para cada um desses há uma idéia, um modo de sentir diversão, de sentir prazer, mas o fato é que todos querem de alguma forma colocar para fora tudo tudo aquilo que o reprime, e isto é ser humano, acontece na periferias ou em qualquer lugar que existe algum tipo de relação de um para com o outro, agravado pela forma da metrópole que esta conturbada, indiferente com o sujeito, seja em qualquer lugar, no contraste das pessoas, todos de alguma forma se utiliza de uma falsa moral do cotidiano e é quando a noite cai e as luzes se acendem é que passará a ser você, atraído pelo sexo, pela luxúria, ou pela violência, porque isso faz parte da gênese, isso é a capacidade de ser o que somos, reprodutor do meio social em que todos vivem.

A música em volume alto dentro de alguma balada, as dançarinas do night club querendo conquistar alguém, as ruas do centro se apresentando como o princípio de uma decadência atual pela degradação do velho com o novo, esse é o lugar adequado para acertar alguma dívida mesmo sem ela existir, tudo incentivado pelas luzes da noite, que são geladas e convidativa da tediosa caretice que é a sobriedade. Depois de algumas garrafas de cervejas ou qualquer outra coisa que o deixe fora de si, ou superior até mesmo a sua pessoa, os sorrisos junto com os tons alto, das conversas, começam a aparecer as primeiras fragilidade da mente e do corpo. Os instintos da mente e do corpo, sexo a luxúria e violência, toda aquela conturbada comunicação de voz e corpo, gestos que faz ficar excitante o desfecho da balada, com suas luzes colorida, fazendo fundo a noite iluminada pela lua cheia. Apesar de toda forma suja e violenta que as ruas venha a te oferecer, ela também pode te contemplar com um amor, amor impuro, contudo, consciente do que é o amor, opondo-se a o amor comercializado pela pela fantasia do que queremos. Só conseguimos perceber os fatos quando saimos dessa tediosa sobriedade, e ao acordar se perguntar, oque que aconteceu ontem, foi real ou hoje é real?

Nenhum comentário: