São as coisas que estão a nossa volta

São as coisas que estão a nossa volta

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Ainda que tarde é liberdade


O ativista Cesare
Battisti, hoje com 56 anos, foi condenado à prisão perpétua pela Justiça italiana por ter participado de ações que culminou em quatro mortes (polícia-política), entre 1977 e 1979, quando era integrante do grupo de extrema-esquerda, Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).
Em 1981, fora considerado terrorista, isto se deu por sua participação como ativista político, posteriormente passou a ser perseguido pela Justiça italiana, Battisti escapou da prisão, fugindo primeiramente para a França, depois para o México e, por fim, de volta à França. Em 2007, foragido no Brasil, Battisti foi preso em um quarto de hotel no Rio de Janeiro, em uma operação totalmente irregular e contestadora que contou com a participação da Interpol, e das polícias da Itália e da França, em conjunto com a Polícia Federal brasileira.
Nesta quarta-feira o plenário do STF julgou um pedido de soltura da defesa do italiano, que alegava que o fato de Lula ter vetado a extradição, em 31 de dezembro de 2010, eliminava a necessidade de se manter Battisti sob custódia, tendo em vista que os seus direitos estavam sendo totalmente violados. Analisando o caso, Cesare não pode ser considerado criminoso em decorrência de seus atos pela liberdade como ativista. Nesta quarta, a maioria dos ministros do Supremo avaliou que a decisão de Lula foi um “ato de soberania nacional” que não poderia ser revisto pela corte.
O Supremo também analisou uma reclamação feita pelo governo italiano, que argumentava, por sua vez, que o veto de Lula feriria o tratado de extradição entre Brasil e Itália. Mas o STF disse que não cabia a Roma questionar o ato de soberania do Poder Executivo brasileiro. Em decisão prévia e covarde, em 2009, o Supremo havia votado favoravelmente à extradição de Battisti por pressão dos EUA, mas dera ao presidente da República a palavra final sobre o caso. Na votação desta quarta-feira, a novidade ficou por conta do ministro Luiz Fux, nomeado para o STF em fevereiro deste ano que votou favoravelmente à libertação justa do italiano, que jamais deveria ter sido encarcerado por defender um ideal de liberdade.
 

terça-feira, 10 de maio de 2011

Homeopatia

    
Imaginem vocês, escorregando num tubo de imagem em espiral, totalmente colorida como se você tivesse acendido a luzes multicoloridas do seu globo ocular, ao som da trilha sonora de sua vida. Você acha que é ficção Mística? Talvez espiritual audível. O que aparece é uma visão clara do mundo egoísta e totalmente conturbado, este se apresentando como uma suposta realidade, pareço estar louco, e também sem vida para saber a definição do que é vida inteligível já que nada é de uma vez, tudo é aos poucos, a felicidade, o amor, a amizade, seus direitos, a vida e a morte é aos poucos. Tudo confuso. Para você, srº egocêntrico sobra à vida artificial, tudo é bom, perfeito, só meu. Você se coloca na merda do exagero individualista, ausente dos questionamento do ireal. Você gosta disso? Não, você não gosta disso pois sabe que mesmo rodeado de seres de plástico sem vida, de víboras, esta só, ao lado de abutres, manipuladores institucionalistas, prontos à espera de sua imagem perecer. Os melhores. Os melhores estão ao meu lado, pois conhecemos as peripécias da vida. Somos lúcidos não tememos os abutres ou sovinas. Nós somos temidos por nossos questionamentos revoltosos por amor a vida, por viver a vida toda comprimido. O inaceitável é aceitar o ópio.

Ao Natural Assim Como Deve Ser.



   Houve uma época em que um rei havia aprisionado em sua gaiola um pássaro muito bonito e raro por sua beleza inigualável. Ele tinha penas coloridas e um canto de encantar qualquer pessoa e de fazer inveja em muitos Tenores. Este pássaro era muito cortejado por ser uma ave rara e com características incomum. O Rei gostava muito do pássaro e dava de tudo para ele, as melhores comidas, água sempre fresca e muitas frutas, ele tinha um cuidado especial na acomodação doouv pássaro ao ponto de deste viver em uma gaiola toda dourada. Certo dia o rei com seu encantamento ao observar a beleza do pássaro, ofereceu a ele o que ele quisesse, e o que o pássaro mais queria era ganhar a liberdade e voar livremente, e esse pedido ele fez ao rei, mas o rei não concordou com o pedido, e ele disse ao pássaro. 

- Ora meu pássaro, esse pedido eu não posso conceder, pois como vou ficar sem ter sua beleza que muito agrada meus olhos? E como vou ficar sem ouvir o seu canto todas as manhãs?  No meu castelo você tem tudo! Então o rei pediu para que o pássaro pensasse em outra coisa. Certo dia o Rei avisou que estaria de viajem, ele iria visitar um vilarejo próximo de onde ele havia capturado o pássaro, então o pássaro disse ao rei.

- Olha meu rei não quero nada material, gostaria apenas de um favor, gostaria que o senhor leva-se um recado aos meus conterrâneos, já que passará próximo de minha antiga morada. O Rei respondeu ao pássaro.
- Pode dizer o que queres que eu o farei.
- Gostaria que você levasse um recado ao meu irmão, que é uma ave muito sábia e compreensiva, diga que estou preso em seu castelo sem minha liberdade, porem estou sendo tratado muito bem, e que eu precisava de um conselho. Assim o Rei o fez, e quando falou aos pássaros o recado, o pássaro que estava na parte mais alta da árvore caiu duro aos seus pés, deixando o rei sem entender. Quando retornou, o rei foi perguntado pelo pássaro se ele trouxera algum recado de seu irmão. O rei explicou ao pássaro o acontecido e quando terminou de contar, seu pássaro também caiu duro dentro de sua gaiola deixando o rei muito triste. O rei em um gesto tristeza e respeito pôs o pássaro na sacada do castelo e afastou sem tirar seu olhar de cima do pássaro, contemplando com tristeza o colorido melancólico daquela cena. E foi quando percebeu que o pássaro começou a se mexer e rapidamente vôou para uma árvore próximo a janela do rei e falou.
- Muito obrigado meu Rei, o pássaro que havia caido ao seus pés é o meu sábio irmão, e graças a ele eu consegui minha liberdade. O rei ficou olhando o pássaro com um brilho nos olhos e logo o pássaro vôou e sumiu no horizonte pois tinha acabado de conquistar a liberdade.

domingo, 24 de abril de 2011

A comunicação e sua contribuição para o desenvolvimento




O fato de termos uma sociedade com baixo nível de escolaridade torna-se um desafio formar seres que pensam, visando não só melhorar a educação, mas educar para a cidadania, para que os cidadãos saibam suas responsabilidades e saibam cobrar dos seus legisladores e do poder público em geral, a transparência, a decomposição dos números e abreviações que não entendem. Quanto mais as informações forem monopólio, ou herméticas e confusas, menor é a capacidade de a sociedade participar e de influenciar o Estado, o que acaba enfraquecendo a noção de democracia, que pode ser medida pelo fluxo, pela qualidade e quantidade das informações que circulam na sociedade. Quando fazemos um contra ponto, entre a dinâmica de uma sala de aula vinte anos atrás, percebemos o retrocesso que  a educação vem sofrendo, torna-se  visível à solidão do professor frente á sua turma, com os seus cinquenta minutos e uma fatia de conhecimento pré-definida á transmitir, deixando alguns em situação de vantagem, frente aos que provirem de famílias mais humildes, desvantagem essa, não só para os alunos, também para sociedade. Para enfrentar este processo, este conjunto dentro deste universo fatiado corresponde pouco à motivação dos alunos, e tornou-se muito difícil para o professor, individualmente modificar os procedimentos, uma vez que não depende somente dele, há toda uma estrutura por trás.
 Um dos paradoxos que enfrentamos é o contraste entre a profundidade das mudanças das tecnologias do conhecimento, e o pouco que mudaram nos procedimentos pedagógicos, já está mais que sabido, que o desenvolvimento de uma sociedade depende efetivamente dos avanços dos indivíduos singulares. A maleabilidade dos conhecimentos foi e está sendo profundamente revolucionada. Pondo de lado os diversos tipos de exageros sobre a "inteligência artificial", ou as desconfianças naturais dos desinformados, a realidade é que a informática, associada às telecomunicações, permite uma série de benefícios coletivos, como a praticidade de acomodar de forma prática, em discos rígidos e em discos laser, ou simplesmente em algum endereço da  rede, gigantescos volumes de informação que cabem no bolso, e do acesso universal a qualquer informação digitalizada, trabalhar estas informações pelos mais diversos meios de comunicação, permitindo a formação de bancos de dados sociais ou individuais de uso simples e prático, viabilizando  as partes seu caráter de utilidade social. A transmissão  de cultura por meio virtual, disponível na rede, permite uma sobre vida as mais para as diversas culturas existente no país, isso para não falar no mundo. Penso, não de forma romântica ou fantasiosa, utilizo minha capacidade racional para fazer uma análise dos conceitos, e da importância para as comunidades sociais e seus indivíduos o uso de novos modos de comunicação. A cultura cibernética hoje é uma realidade que tem que estar a serviço de todos, não para individualizar, mas para aproximar um universo até a pouco desconhecido, e que hoje temos como disponível, seja em uma região periférica longe dos grandes centros, ou mesmo para aqueles que vivem de forma afastada nas cidades, devido a dinâmica existente nela, ou mesmo em tribos indígenas, pois o índio não é menos índio pelo fato de se apropriar do conhecimento bibliográfico como de novas tecnologia.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

"O sonho obriga o homem a pensar"
                                                       Milton Santos

domingo, 4 de abril de 2010

Street Life

Como posso eu falar de um mundo belo e fantasioso, sendo que tal mundo não condiz com minha realidade, ou melhor com o mundo novo que ao acaso se apresentou diante de mim. Estaria eu sendo totalmente contraditório com a realidade posta diante de nossos olhos, olhos de desespero de dor e solidão multicoloridas, mas não tão amarga, e não tão doce nem tão puro. Seria uma pureza rude, suja e agressiva, como o mundo que aprendi a sobreviver com as armas que conquiste ao meu modo anti-decente.

Será que somos nós o errado por pensar e agir assim? Basta olhar-mos para lugares não muito longe, e nem tão perto, pois só quem vive e sobrevive em alguns Capãos Redondo, é que conhece a realidade que condiz no Capão, onde todos vivem praticamente enquadrado, e a contradição de um lugar no imaginário, Paraisópolis que nos leva a pensar como deveria ser de fato tal lugar, um paraíso, mas o paraíso de Paraisópolis nada tem a ver com o Paraíso da Mariana Paulistana, nem por isso menos paulista. Não sou um insensível, sou realista vivendo no mundo real para não morrer de decepção com a realidade, pois oque essa suposta realidade tem a oferecer tanto pra um quanto pra outro? Eu respondo; sexo luxuria e violência, somente isso é que todos tem de comum-real. Porque isso, esses gestos agressivos é o instinto mais natural que herdamos de nossas origens, isso é o ser humano. Basta andarmos pelas ruas sombrias da metrópole e observar a nossa volta, todos aqueles seres a procura de diversão, sendo que para cada um desses há uma idéia, um modo de sentir diversão, de sentir prazer, mas o fato é que todos querem de alguma forma colocar para fora tudo tudo aquilo que o reprime, e isto é ser humano, acontece na periferias ou em qualquer lugar que existe algum tipo de relação de um para com o outro, agravado pela forma da metrópole que esta conturbada, indiferente com o sujeito, seja em qualquer lugar, no contraste das pessoas, todos de alguma forma se utiliza de uma falsa moral do cotidiano e é quando a noite cai e as luzes se acendem é que passará a ser você, atraído pelo sexo, pela luxúria, ou pela violência, porque isso faz parte da gênese, isso é a capacidade de ser o que somos, reprodutor do meio social em que todos vivem.

A música em volume alto dentro de alguma balada, as dançarinas do night club querendo conquistar alguém, as ruas do centro se apresentando como o princípio de uma decadência atual pela degradação do velho com o novo, esse é o lugar adequado para acertar alguma dívida mesmo sem ela existir, tudo incentivado pelas luzes da noite, que são geladas e convidativa da tediosa caretice que é a sobriedade. Depois de algumas garrafas de cervejas ou qualquer outra coisa que o deixe fora de si, ou superior até mesmo a sua pessoa, os sorrisos junto com os tons alto, das conversas, começam a aparecer as primeiras fragilidade da mente e do corpo. Os instintos da mente e do corpo, sexo a luxúria e violência, toda aquela conturbada comunicação de voz e corpo, gestos que faz ficar excitante o desfecho da balada, com suas luzes colorida, fazendo fundo a noite iluminada pela lua cheia. Apesar de toda forma suja e violenta que as ruas venha a te oferecer, ela também pode te contemplar com um amor, amor impuro, contudo, consciente do que é o amor, opondo-se a o amor comercializado pela pela fantasia do que queremos. Só conseguimos perceber os fatos quando saimos dessa tediosa sobriedade, e ao acordar se perguntar, oque que aconteceu ontem, foi real ou hoje é real?

terça-feira, 30 de março de 2010

Ensaios sobre a Guerra Civil Espanhola

Para entendermos sobre a guerra civil Espanhola, torna-se imprescindível remeter-mos ao passado, com a derrubada da casa dos Bourbons, pela invasão napoleônica na península ibérica em 1808, pois as consequências que viera a tona em 1936 foi mero desfecho da divisão que houvera entre as elites, absolutista e liberal, afrancesados e patriotas. Os primeiros viam a ocupação francesa como uma saída da decadência em que a Espanha sofria e via nos fato, a oportunidade de uma reforma política para reversão de tal processo em que os país estava mergulhado já há dois séculos. Para a burguesia liberal, toda e qualquer influencia que vinha do exterior tinha que ser vista com cautela, até pelo fato da ostentação de suas empreitada ao desconhecido e se tornar vitoriosos, com relação as conquista das colônias, principalmente americanas.

Foi na região portuária de Cádiz, onde não houve influência napoleônica, que a Espanha “democrática” obteve a primeira vitória, onde promulgada, ordenada uma nova Constituição, e que iria influenciar futuramente a península ibérica, tanto na Europa quanto na América. O antigo regime dera seu último suspiro em Cádiz, datado em 1812 foi proclamado a constituição liberal, porém inalteraram a instituição monárquica, e em 1814, o rei Fernando VII voltou a governar uma Espanha independente após o fim da fase napoleônica e negou-se a jurar a constituição, um monarca jamais poderia render-se a nação, “pois é o rei a personificação do Estado pelas graças de Deus”. Foi então por todo período do século XIX e início do século XX que, absolutista e liberais se chocaram em confrontos, à revolução Burguesa, de forma a produzir uma institucionalidade liberal-democrática nunca se concretizou. Foi tal desejo inamovível do rei governar sobre seu livre-arbítrio que fez uma sucessível onda de golpes militares, e que por vezes dera origens a guerras civis, antecedendo o estopim maior que foi em 1936, liberais e conservadores travaram enfrentamentos em três Guerras Carlistas entre, 1833-40, 1846-49 e 1872-76, nessa ultima os liberais chegaram até a proclamar a república, em 1873, mas em 1874 e experiencia nos moldes “democrática” perdera novamente para o poder da monarquia dando o poder ao rei Alfonso XII.

Com o retorno da família real, houve de certa forma uma estabilidade aparente, transformando a Espanha em uma monarquia constitucional, inspirando-se nos moldes Britânicos. Tal modelo fez também garantia de volta a legitimidade da dinastia Bourbon, visando assim manter os militares afastado da política, para isso os dois partidos se revesavam no poder, o Conservador e o Liberal tendo como arbitro o rei.

O regime de favores foi formado para garantir a manutenção do poder a burguesia, regime de restauração, e funcionou por cerca de um quarto de século, sendo que a maioria da população do país era do campo(analfabeta), e tinha uma escassa classe média urbana. Era oque fazia funcionar as engrenagens da nova Espanha. Porém em algumas regiões a sociedade começou a mudar , a Espanha começou a se industrializar, foi o caso das regiões do País Basco e da Catalunha, impulsionando a economia e o progresso para toda Espanha, também ali foi porta de entrada para vários imigrantes. Sem dúvida nenhuma, o choque entre culturas distintas fortaleceu o sentimento de identidade de bascos e catalães em relação ao restante da Espanha, a concentração de massas proletárias nas cidades do norte impulsionou uma formação política e de movimento operário, os anarquistas, muitos deles de descendência camponesa, das regiões rurais no sul da Espanha, tinham influência de uma utopia milenarista, até pelo fato da dominação dos latifundiários, eles se identificavam com o anarco-comunismo, com o auge da industrialização na região norte, eles migraram para o norte da Espanha, para trabalhar nas industrias que ali estavam a se instalar, foram suas influência que os leva a formar o primeiro sindicato de classe logo em seguida, até por semelhança em suas descendência rural, mas com uma posição voltada para o socialismo, os grupos socialistas também instalam um sindicato de classe. Assim então tanto um quanto o outro se faz participar da política em prol dos operariado Espanhol, logo em seguida os socialista almejam participar da politica institucional e forma-se o PSOE em 1879.

Os setores da classe média urbana, desencantado pelo atraso do país, almejando as liberdades democráticas que o revesamento entre Conservadores e Liberais não proporcionavam, viram no republicanismo o legítimo defensor de seus ideais, toda essa turbulência fez a Espanha se esquecer de sua ultima colonia, Cuba, que ficou com os EUA em 1898, o impacto econômico fora relevante, mas a moral que representava militarmente se fez evaporar, então rumores sobre as causas desse fato não agradou alguns intelectuais e coincidentemente os militares até então afastado da política, demonstrara desafeto com o desfecho do caso Cuba. Os nacionalistas catalães e bascos por sua vez viam o fim dos problemas apostando na independência em relação a Espanha, já que era a única região da península a se projetar industrialmente. Já os anarquista, esses apostavam nas ações diretas, abolir a fonte dos males, a coroa e a igreja, o estado e o clero, e para isso os métodos terroristas eram os mais plausíveis, pois toda repressão aos trabalhadores vinha dessa camarilha. Em 1909 as duas Espanha se enfrentaria mais uma vez, o local foi Barcelona, chamada de, a semana trágica, foi a recusa dos trabalhadores de servir o exército. Em 1917 em mais um episódio, uma greve organizada por anarquista e socialistas iniciou novos enfrentamentos, o Estado saiu vitorioso novamente, nesse período já esta claro que o parlamentarismo de 1876 esta ruindo, os conflitos nas ruas demonstra essa fragilidade, e em 1923 o rei Alfonso não se opõe ao golpe. Quem assume é Primo de Rivera, seguindo o modelo de Mussolini na Itália, substitui o liberalismo conservador por uma ditadura corporativista, e que veio afundar sete anos mais tarde. Em 1930 substituindo Primo de Rivera, quem assume é o então General Dámaso Berenguer, e em 1931 foi proclamada a segunda república.

Agora com o primeiro governo republicano, deu inicio a um grandioso projeto de reformas, separou a igreja do Estado, implementou a reforma agrária, educacional e trabalhista, descentralizou o Estado, dando estatuto de autonomia as regiões, mas o momento era delicado não só para Espanha, o mundo passa por uma grande depressão econômica generalizada, daí as tentações autoritária para restabelecer a ordem, era oque aspirava não só a Espanha naquele momento, Itália e Alemanha nazi-fascistas, Portugal, Turquia, Albânia, Iugoslávia, etc, todas essas, ditaduras.

Os trabalhadores de todas as classes ficou entre dois fogos, de um lado feriu a sensibilidade católica, de outro conseguiu satisfazer algumas das necessidades para o povo de forma rápida. As reformas republicana, sem querer acabaram ressuscitando a disputa entre as duas Espanhas, o clima de crise econômica reforçou as posições contrarias e a violência foi para as ruas, foi o troco das migalhas oferecidas pela repressão fascista. De um lado a direita assustada diante de uma possível revolução, demonstrava claramente seu flerte com o fascismo, a esquerda, esquerda atuante e livre, sem cabresto, impediu que deixassem desvanecer os resquícios de liberdade, não só da península ibérica, mas dos povos. Entre os dias 17 e19 de julho de 1936, um grupo de Generais rebelou-se contra o governo dando origem a um dos mais sangrentos conflitos do século XX.