São as coisas que estão a nossa volta

São as coisas que estão a nossa volta

sexta-feira, 23 de abril de 2010

"O sonho obriga o homem a pensar"
                                                       Milton Santos

domingo, 4 de abril de 2010

Street Life

Como posso eu falar de um mundo belo e fantasioso, sendo que tal mundo não condiz com minha realidade, ou melhor com o mundo novo que ao acaso se apresentou diante de mim. Estaria eu sendo totalmente contraditório com a realidade posta diante de nossos olhos, olhos de desespero de dor e solidão multicoloridas, mas não tão amarga, e não tão doce nem tão puro. Seria uma pureza rude, suja e agressiva, como o mundo que aprendi a sobreviver com as armas que conquiste ao meu modo anti-decente.

Será que somos nós o errado por pensar e agir assim? Basta olhar-mos para lugares não muito longe, e nem tão perto, pois só quem vive e sobrevive em alguns Capãos Redondo, é que conhece a realidade que condiz no Capão, onde todos vivem praticamente enquadrado, e a contradição de um lugar no imaginário, Paraisópolis que nos leva a pensar como deveria ser de fato tal lugar, um paraíso, mas o paraíso de Paraisópolis nada tem a ver com o Paraíso da Mariana Paulistana, nem por isso menos paulista. Não sou um insensível, sou realista vivendo no mundo real para não morrer de decepção com a realidade, pois oque essa suposta realidade tem a oferecer tanto pra um quanto pra outro? Eu respondo; sexo luxuria e violência, somente isso é que todos tem de comum-real. Porque isso, esses gestos agressivos é o instinto mais natural que herdamos de nossas origens, isso é o ser humano. Basta andarmos pelas ruas sombrias da metrópole e observar a nossa volta, todos aqueles seres a procura de diversão, sendo que para cada um desses há uma idéia, um modo de sentir diversão, de sentir prazer, mas o fato é que todos querem de alguma forma colocar para fora tudo tudo aquilo que o reprime, e isto é ser humano, acontece na periferias ou em qualquer lugar que existe algum tipo de relação de um para com o outro, agravado pela forma da metrópole que esta conturbada, indiferente com o sujeito, seja em qualquer lugar, no contraste das pessoas, todos de alguma forma se utiliza de uma falsa moral do cotidiano e é quando a noite cai e as luzes se acendem é que passará a ser você, atraído pelo sexo, pela luxúria, ou pela violência, porque isso faz parte da gênese, isso é a capacidade de ser o que somos, reprodutor do meio social em que todos vivem.

A música em volume alto dentro de alguma balada, as dançarinas do night club querendo conquistar alguém, as ruas do centro se apresentando como o princípio de uma decadência atual pela degradação do velho com o novo, esse é o lugar adequado para acertar alguma dívida mesmo sem ela existir, tudo incentivado pelas luzes da noite, que são geladas e convidativa da tediosa caretice que é a sobriedade. Depois de algumas garrafas de cervejas ou qualquer outra coisa que o deixe fora de si, ou superior até mesmo a sua pessoa, os sorrisos junto com os tons alto, das conversas, começam a aparecer as primeiras fragilidade da mente e do corpo. Os instintos da mente e do corpo, sexo a luxúria e violência, toda aquela conturbada comunicação de voz e corpo, gestos que faz ficar excitante o desfecho da balada, com suas luzes colorida, fazendo fundo a noite iluminada pela lua cheia. Apesar de toda forma suja e violenta que as ruas venha a te oferecer, ela também pode te contemplar com um amor, amor impuro, contudo, consciente do que é o amor, opondo-se a o amor comercializado pela pela fantasia do que queremos. Só conseguimos perceber os fatos quando saimos dessa tediosa sobriedade, e ao acordar se perguntar, oque que aconteceu ontem, foi real ou hoje é real?

terça-feira, 30 de março de 2010

Ensaios sobre a Guerra Civil Espanhola

Para entendermos sobre a guerra civil Espanhola, torna-se imprescindível remeter-mos ao passado, com a derrubada da casa dos Bourbons, pela invasão napoleônica na península ibérica em 1808, pois as consequências que viera a tona em 1936 foi mero desfecho da divisão que houvera entre as elites, absolutista e liberal, afrancesados e patriotas. Os primeiros viam a ocupação francesa como uma saída da decadência em que a Espanha sofria e via nos fato, a oportunidade de uma reforma política para reversão de tal processo em que os país estava mergulhado já há dois séculos. Para a burguesia liberal, toda e qualquer influencia que vinha do exterior tinha que ser vista com cautela, até pelo fato da ostentação de suas empreitada ao desconhecido e se tornar vitoriosos, com relação as conquista das colônias, principalmente americanas.

Foi na região portuária de Cádiz, onde não houve influência napoleônica, que a Espanha “democrática” obteve a primeira vitória, onde promulgada, ordenada uma nova Constituição, e que iria influenciar futuramente a península ibérica, tanto na Europa quanto na América. O antigo regime dera seu último suspiro em Cádiz, datado em 1812 foi proclamado a constituição liberal, porém inalteraram a instituição monárquica, e em 1814, o rei Fernando VII voltou a governar uma Espanha independente após o fim da fase napoleônica e negou-se a jurar a constituição, um monarca jamais poderia render-se a nação, “pois é o rei a personificação do Estado pelas graças de Deus”. Foi então por todo período do século XIX e início do século XX que, absolutista e liberais se chocaram em confrontos, à revolução Burguesa, de forma a produzir uma institucionalidade liberal-democrática nunca se concretizou. Foi tal desejo inamovível do rei governar sobre seu livre-arbítrio que fez uma sucessível onda de golpes militares, e que por vezes dera origens a guerras civis, antecedendo o estopim maior que foi em 1936, liberais e conservadores travaram enfrentamentos em três Guerras Carlistas entre, 1833-40, 1846-49 e 1872-76, nessa ultima os liberais chegaram até a proclamar a república, em 1873, mas em 1874 e experiencia nos moldes “democrática” perdera novamente para o poder da monarquia dando o poder ao rei Alfonso XII.

Com o retorno da família real, houve de certa forma uma estabilidade aparente, transformando a Espanha em uma monarquia constitucional, inspirando-se nos moldes Britânicos. Tal modelo fez também garantia de volta a legitimidade da dinastia Bourbon, visando assim manter os militares afastado da política, para isso os dois partidos se revesavam no poder, o Conservador e o Liberal tendo como arbitro o rei.

O regime de favores foi formado para garantir a manutenção do poder a burguesia, regime de restauração, e funcionou por cerca de um quarto de século, sendo que a maioria da população do país era do campo(analfabeta), e tinha uma escassa classe média urbana. Era oque fazia funcionar as engrenagens da nova Espanha. Porém em algumas regiões a sociedade começou a mudar , a Espanha começou a se industrializar, foi o caso das regiões do País Basco e da Catalunha, impulsionando a economia e o progresso para toda Espanha, também ali foi porta de entrada para vários imigrantes. Sem dúvida nenhuma, o choque entre culturas distintas fortaleceu o sentimento de identidade de bascos e catalães em relação ao restante da Espanha, a concentração de massas proletárias nas cidades do norte impulsionou uma formação política e de movimento operário, os anarquistas, muitos deles de descendência camponesa, das regiões rurais no sul da Espanha, tinham influência de uma utopia milenarista, até pelo fato da dominação dos latifundiários, eles se identificavam com o anarco-comunismo, com o auge da industrialização na região norte, eles migraram para o norte da Espanha, para trabalhar nas industrias que ali estavam a se instalar, foram suas influência que os leva a formar o primeiro sindicato de classe logo em seguida, até por semelhança em suas descendência rural, mas com uma posição voltada para o socialismo, os grupos socialistas também instalam um sindicato de classe. Assim então tanto um quanto o outro se faz participar da política em prol dos operariado Espanhol, logo em seguida os socialista almejam participar da politica institucional e forma-se o PSOE em 1879.

Os setores da classe média urbana, desencantado pelo atraso do país, almejando as liberdades democráticas que o revesamento entre Conservadores e Liberais não proporcionavam, viram no republicanismo o legítimo defensor de seus ideais, toda essa turbulência fez a Espanha se esquecer de sua ultima colonia, Cuba, que ficou com os EUA em 1898, o impacto econômico fora relevante, mas a moral que representava militarmente se fez evaporar, então rumores sobre as causas desse fato não agradou alguns intelectuais e coincidentemente os militares até então afastado da política, demonstrara desafeto com o desfecho do caso Cuba. Os nacionalistas catalães e bascos por sua vez viam o fim dos problemas apostando na independência em relação a Espanha, já que era a única região da península a se projetar industrialmente. Já os anarquista, esses apostavam nas ações diretas, abolir a fonte dos males, a coroa e a igreja, o estado e o clero, e para isso os métodos terroristas eram os mais plausíveis, pois toda repressão aos trabalhadores vinha dessa camarilha. Em 1909 as duas Espanha se enfrentaria mais uma vez, o local foi Barcelona, chamada de, a semana trágica, foi a recusa dos trabalhadores de servir o exército. Em 1917 em mais um episódio, uma greve organizada por anarquista e socialistas iniciou novos enfrentamentos, o Estado saiu vitorioso novamente, nesse período já esta claro que o parlamentarismo de 1876 esta ruindo, os conflitos nas ruas demonstra essa fragilidade, e em 1923 o rei Alfonso não se opõe ao golpe. Quem assume é Primo de Rivera, seguindo o modelo de Mussolini na Itália, substitui o liberalismo conservador por uma ditadura corporativista, e que veio afundar sete anos mais tarde. Em 1930 substituindo Primo de Rivera, quem assume é o então General Dámaso Berenguer, e em 1931 foi proclamada a segunda república.

Agora com o primeiro governo republicano, deu inicio a um grandioso projeto de reformas, separou a igreja do Estado, implementou a reforma agrária, educacional e trabalhista, descentralizou o Estado, dando estatuto de autonomia as regiões, mas o momento era delicado não só para Espanha, o mundo passa por uma grande depressão econômica generalizada, daí as tentações autoritária para restabelecer a ordem, era oque aspirava não só a Espanha naquele momento, Itália e Alemanha nazi-fascistas, Portugal, Turquia, Albânia, Iugoslávia, etc, todas essas, ditaduras.

Os trabalhadores de todas as classes ficou entre dois fogos, de um lado feriu a sensibilidade católica, de outro conseguiu satisfazer algumas das necessidades para o povo de forma rápida. As reformas republicana, sem querer acabaram ressuscitando a disputa entre as duas Espanhas, o clima de crise econômica reforçou as posições contrarias e a violência foi para as ruas, foi o troco das migalhas oferecidas pela repressão fascista. De um lado a direita assustada diante de uma possível revolução, demonstrava claramente seu flerte com o fascismo, a esquerda, esquerda atuante e livre, sem cabresto, impediu que deixassem desvanecer os resquícios de liberdade, não só da península ibérica, mas dos povos. Entre os dias 17 e19 de julho de 1936, um grupo de Generais rebelou-se contra o governo dando origem a um dos mais sangrentos conflitos do século XX.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Ficção


Baseado em relatos reais extraido dos Arquivos Público do Estado, disponível para pesquisas e consultas, (http://www.arquivoestado.sp.gov.br/a_acervo.php); Registros dos inventários do DEOPS, sobre os cerca de 40 brasileiros que se juntaram as fileiras estrangeiras contra a ditadura de Francisco Franco, todos aqueles que ousarão partir em prol da liberdade, foram monitorados a pedido de Getúlio Vargas. Alguns retornaram mesmo sabendo que iriam ser perseguidos, outros tomaram outros caminhos ou perecerão em busca de um ideal de liberdade. Santos, São Paulo e a região de Sorocaba tiveram grandes influências da emigração espanhola, não por ser tratar de naquele período ser regiões solidária com os fatos ocorridos, mas por se tratar da necessidade de mãos de obra qualificadas para um país em expansão industrial e de siderurgia nas décadas de 40 e 50. Em 1975 teve fim o terror com a morte de Franco colocando fim ao período de ditadura na Espanha, talvez se o desfecho dos fatos em momentos decisivos tivessem tomado outros rumos a Espanha talvez viesse se tornar exemplo de liberdade.

Barcelona, 25 de Agosto de 1937.

Querida,
Escrevo essa carta para te dizer o quanto estou com saudades, como está nosso garoto, aposto que está dando trabalho, isso pela tamanha esperteza e curiosidade de uma criança saudável, e a nossa princesa, como está se saindo na escola com os novos amiguinhos, imagino que deva estar adorando, sem dúvida vocês são a maior riqueza na qual fui contemplado.
Meu bem, as coisas não sairão da forma com que imaginei, a busca pela liberdade na qual vim ajudar a conquistar não a encontrei, acreditei que iria encontrar pessoas comprometidas com a igualdade entre todos, acreditei que viria à Espanha livrar um povo do tirano que usurpou suas vidas simples e devolve-los a o eu estado natural da vida. Decepção, é assim que descrevo tal sentimento diante desses fatos. Acreditava que poderia juntos com os comunistas espanhois e apoiados pelos soviéticos, devolver o bem estar a esse povo, assim como eles, estamos entregues a sorte, já que não existe de fato um comprometimento com nenhum companheiro, tão pouco com esse povo.
Franco está avançando em cada rua, beco, vilarejo, província e executando qualquer cidadão sem distinção, velho, criança, mulher, todos que não se curvam diante de seu regime. A nossa bela Madri foi arrasada por aviões nazistas, o PCE e o PSUC, trairão os ideais da revolução nos sabotando. É triste ver essa realidade, crianças morrendo sem saber o porque desse conflito, nossos “companheiros soviéticos” e parte de alguns comunistas simpatizante do regime Soviético, dizem que é o preço a se pagar e vale apena esses sacrifícios, é justificável a morte deles, mero desprezo por todos, para eles tais vidas que nem sabe oque é violência, são apenas números computados como saldo positivo e negativo. Outro dia em um confronto em uma vila de camponeses, em meio a chuva de pólvora que estava por desvanecer qualquer vida que estivesse no caminho, um garotinho que me lembrou muito nosso pequeno, ele estava chorando com uma chupeta na boca e com as mãos tapando os ouvidos para abafar aquele ruido estrondoso que antecipava a morte, até aquele momento estava eu perdido achando que aquilo tudo era por uma causa, era justificável, e foi aquela cena em meio aquela chuva de pólvora que aquele garotinho me trouxe de volta ao meu eu, os dedos no gatilho travaram-se, os olhos não piscavam, foi como se estivesse morrido e ter sido ressuscitado, o mundo parou. Hoje estou segurando uma arma mas não mais seguindo ordens dos traidores da liberdade, estou com uma milícia que já está dada como empecilho, tanto pelos stalinistas como pelos franquistas, resistimos o quanto pudemos mas fomos traídos por nós mesmo, juntos com companheiros que partilham dos mesmo ideais que eu, estamos tentando chegar até o porto para embarcar em um navio e voltar para casa. As estradas estão bloqueadas, estamos estudando outras rotas até as docas, quero logo chegar a simples vida de operário mas ao lado da minha riqueza maior que são vocês, e foi por vocês que vim buscar a liberdade.
Não seja pessimista, más esteja preparada, se você estiver com medo, cante a nossa canção e isso fará com que ele se vá, esta noite de um beijo nas crianças um abraço apertado e as coloquem para dormir, assim, mesmo de tão longe estarei próximo até eles pegarem no sono. Me despeço e espero chegar o mais rápido até vocês.

Com amor; Papai!

A beleza como algo natural




Mulher, mulher que me inspira, que me faz entrar nesse êxtase viajando sem sair do lugar, mulher que faz com que meu coração se apaixone todos os tediosos dias, só não são tediosos, pois pelo mesmo motivo que uma orquídea faz um jardim belo e colorido, você faz com que elas se tornem meras coadijuvantes, é assim quando ao passar pela rua, com um balançar de quadris, um sorriso leve em meio a um olhar misterioso, me faz perceber o quanto a vida se tornou por alguns instantes, nada tediosa. Isso porque ela me balança me leva a nocaute em uma sequência de revezamento. Queria eu ser mais letrado para no alfabeto buscar as mais belas palavras para descreve-las, mesmo se assim eu fosse, quem seria eu para ter tamanha ousadia e descrever tal plenitude beleza que há em ti mulher, pois sua beleza não para no tempo à acompanha no tempo.
Eu flerto com sua simplicidade que de maneira espontânea, a torna em uma elegância natural, a negra de cabelos black power, a mulata de cabelos encaracolados, a branquinha com sua pele sensível, a loira dourada, a ruiva com a cor da paixão, aqueles olhos orientais milenares. Esse planeta não merece você mulher, mulher guerreira que enfrenta os galpões de uma fábrica, o vagão sombrio e úmido espanhol que rasga o abc sentido a capital, o coletivo desumano que é totalmente deselegante ao deixa-las esperando nas madrugadas ou noites frias, as vitrines que as explora como mercadoria em promoção. É você mulher de mãos delicadas e ásperas pela enxada, mulher de mãos suave e sujas de graxa, mulher de mãos macias com tamanha proeza para desburocratizar a burocracia, é você mulher de véu ou chapéu, de lenço ou ao vento, não importa é o seu andar simples e sedutor, o seu olhar misterioso e atraente, é o seu balançar que não se abala por nada, nem nas dificuldades, sempre valente com uma força surreal que desafia qualquer dificuldade se colocando como a mais sólida rocha, a você mulher não dedico um dia, dedico todos porque todos os dias é dia de luta, o que seria de nós homens sem a soma dessa energia e beleza espontânea que exala de ti. Aplausos em auto tom a todas vocês!
--*-@

sexta-feira, 5 de março de 2010

Uma impetuosa admiração pela superação


Vejo a vida com um infinito desejo de se arriscar diante a morte, só dessa forma encontro meu eu que as vezes até esqueço que este sempre está comigo, um eu com ¼ de bravura e ¾ de imprudência, é esse eu que me lembra de quem realmente sou, sem isso não haveria sentido viver em meio a uma entediante vida sem ações e descoberta de limites .
É essa fúria de viver intensamente uma única vida e desafiar as dificuldades pelo mero prazer de provar que posso superar! Superar esse homem que sente calafrios diante de uma ansiedade ou um simples e puro desejo. O frio na barriga quando antecede algo bom, o calor mesmo quando não há calor, o calafrio, são as sensações que me arrebata. Sou essa confusão harmoniosa que de vez em quando gosta de ficar diante desse avassalador caos urbano, só pelo prazer de desafia-lo e me superar. As vezes quero me isolar em uma ilha distante, não me refiro aquela ilha onde John Loke se acha o srº das superações, do conhecimento. Falo de uma pequena ilha distante e bem próxima, pequena mas com um enorme aconchego, onde posso ter tudo mesmo sem ter nada, onde eu consiga apagar os tormentos do mundo, uma pequena ilha, uma ilha de edição, que se criou diante de meus olhos tomando conta da minha mente, assim já dizia o poeta “a memória é uma ilha de edição” é nessa ilha que essa visão arrebatadora faz com que esse caos urbano fique menos violento mas não menos desafiador aos urbanóides.

A Liberdade

Penso que; de certa forma, a liberdade é seu jardim secreto,porém nunca será parte natural se o seu jardim viver dentro de uma estufa, assim é todos aqueles que como eu,aspira a liberdade, a contradição de sermos livre hoje é que, somos livres dentro de uma gaiola sem grades.
É impossível viver em plena liberdade sobre um estado capitalista, onde somos obrigados a produzir a mais-valia, a exceção mas todos de certa forma acabam contribuindo de forma involuntária, você se corrompe aos poucos, ter que gastar-consumir e ao mesmo tempo manter sua regularidade como força de trabalho, fazendo dele uma competição constante entre todos que estão a sua volta, o trabalho não é por gratificação de ser produtivo para o coletivo, é por obrigação, assim como o sexo já não é mais algo natural do homem, o capital se apropriou desse para exploração, isso por todos os ângulos, eles só não se apropriaram da vontade de lutar contra esse desconcerto que eles afirma estar certo e que infecta cada vez mais as pessoas, não como um grande surto más, como pequenos focos até se generalizar.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Palavras Rudes Para Garotos Rudes.

A violência que durante toda história ao longo dos anos fora engendrada, não será com rosas que iremos revidar. Daremos a eles o troco na mesma moeda! As armas que eles criaram serve a nós de antidoto contra todo o tipo de violência que fomos submetidos, e toda a dor que nos causaram, nos servirá de ópio para resistir desse mal que nos causam náuseas. Não sou um reprodutor dessa violência, só estou reivindicando meu direito de responder á mesma altura, não para ganhar status de herói nessa na minha terra onde não existe, pois a terra feita por heróis que todos procuram esta aqui bem de baixo de nossos narizes; na fila dos desempregados, nas salas de aulas sem educação, nas crianças de rua sem infância, nas periferias onde foram privados de habitação, em qualquer esquina de um centro urbano caótico. A liberdade que a nós foi despojada e jogada no lixo, pode não ser tão ruim assim, aprendemos a ser tão violento quanto eles. Nunca baixemos nossas cabeças!

(Em 1996, quando questionada sobre a morte de meio milhão de crianças iraquianas em cinco anos, a secretária de estado Madeleine Albright comentou na Televisão Pública dos Estados Unidos que “nós achamos que o preço vale a pena”. De acordo com estimativas atuais, ainda são mortas cerca de 4.000 crianças por mês e o preço “ainda vale a pena”.)